Uma das maiores declarações bíblicas que
contrariam a ilusão da imortalidade da alma é o que o apóstolo Paulo escreve em
1ª Coríntios, no capítulo 15.
Como veremos a seguir, o capítulo inteiro é uma refutação à doutrina de que a
alma imortal se religa ao corpo por ocasião da ressurreição. Ele mostra que a
ressurreição, longe de ser apenas uma religação entre corpo e alma, é o único
meio pelo qual podemos viver em alguma existência futura, numa vida póstuma.
Para os imortalistas, se nenhuma
ressurreição existisse nós já estaríamos assegurados no Céu de qualquer jeito
com as nossas almas imortais, e a existência da ressurreição apenas implicaria
em almas voltando do Paraíso e se religando ao nosso corpo morto, para depois
retornarem novamente ao Céu "completos". Tal conceito é totalmente
estranho à Bíblia e inconsistente com a teologia paulina. Na visão dualista, se
a ressurreição não existisse nós ficaríamos como espíritos desencarnados
durante toda a eternidade.
Já para a Bíblia, que não atesta para a
existência de um “estado intermediário das almas”, se a ressurreição do último dia
não existisse então estaríamos todos perdidos, mortos no pó da terra sem mais
nenhuma esperança. A pergunta que fica é: qual seria a posição do apóstolo
Paulo sobre o assunto? Seria ele favorável a uma religação do corpo com a alma,
sendo a ressurreição um mero detalhe desnecessário, ou seria ele favorável ao
fato de que não existe vida entre a morte e a ressurreição? Paulo nos responde
a esta questão em um longo capítulo de sua primeira epístola aos Coríntios. E é
exatamente isso o que analisaremos a partir de agora.
1 Coríntios 15
12 Ora, se é corrente
pregar-se que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como, pois, afirmam alguns
dentre vós que não há ressurreição de mortos?
13 E, se não há ressurreição
de mortos, então Cristo não ressuscitou.
14 E, se Cristo não
ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé;
15 e somos tidos por falsas
testemunhas de Deus, porque temos asseverado contra Deus que
ele ressuscitou a Cristo, ao qual ele não ressuscitou, se é certo que os mortos
não ressuscitam.
16 Porque, se os mortos não
ressuscitam, também Cristo não ressuscitou.
17 E, se Cristo não
ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados.
18 E ainda mais: os que dormiram em Cristo pereceram.
19 Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os
mais infelizes de todos os homens.
20 Mas, de fato, Cristo
ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem.
21 Porque assim como a morte
veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem.
22 Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão
vivificados em Cristo.
23 Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de
Cristo, na sua vinda.
24 Depois virá o fim, quando
tiver entregado o reino a Deus, ao Pai, e quando houver aniquilado todo o
império, e toda a potestade e força.
25 Porque convém que reine
até que haja posto a todos os inimigos debaixo de seus pés.
26 Ora, o último inimigo que há de ser aniquilado é a morte.
27 Porque todas as coisas
sujeitou debaixo de seus pés. Mas, quando diz que todas as coisas lhe estão
sujeitas, claro está que se excetua aquele que lhe sujeitou todas as coisas.
28 E, quando todas as
coisas lhe estiverem sujeitas, então também o mesmo Filho se sujeitará àquele
que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos.
29 Doutra maneira, que farão
os que se batizam pelos mortos, se absolutamente os mortos não ressuscitam? Por
que se batizam eles então pelos mortos?
30 Por que estamos nós também a toda a hora em perigo?
31 Eu protesto que cada dia
morro, gloriando-me em vós, irmãos, por Cristo Jesus nosso Senhor.
32 Se, como homem, lutei em Éfeso com feras, que me aproveita isso? Se os
mortos não ressuscitam, comamos e bebamos, que amanhã morreremos.
Fiz questão de passar todo o contexto para
analisarmos as várias implicações para o que é dito acima pelo apóstolo Paulo.
Vemos que alguns cristãos da igreja de Corinto estavam dizendo que a
ressurreição não iria acontecer. Paulo, então, primeiramente mostra as
consequências disso, depois mostra o que aconteceria caso a ressurreição não
existisse, em seguida confirma que, de fato, a ressurreição irá acontecer como
algo futuro, mostra os tempos em que ela se cumprirá e termina o capítulo
mostrando o que ele faria caso não ocorresse a ressurreição dos mortos.
O capítulo inteiro, que vai até o verso 58,
é uma verdadeira aula sobre a ressurreição dos mortos. Se houve um ótimo
momento para Paulo afirmar a sua doutrina da imortalidade da alma, com a menção
das nossas almas imortais no Céu ou de religação de corpo e alma por ocasião
dessa ressurreição, aí estava uma ótima oportunidade! Contudo, vemos que as
implicações do que é acima exposto é muito, mas muito diferente daquilo que
imaginam os imortalistas.
Em primeiro lugar, se existisse uma
imortalidade da alma, os que “dormem” estariam como almas incorpóreas no Céu.
Contudo, Paulo diz que, se não há a ressurreição, então os mortos já teriam
perecido (eles não ficariam “desincorporados pela eternidade”, pelo contrário,
estariam todos mortos!). O original grego traz a palavra apôlonto neste verso 18, que, de
acordo com a Concordância de Strong significa: "perecer, estar perdido, arruinado, destruído"
(622). Todos esses significados dão
a mesma dimensão de implicação: para Paulo, os mortos estariam agora perdidos, ou totalmente destruídos, arruinados,
se não fosse pela ressurreição dos
mortos.
O problema para os imortalistas
reside precisamente no fato de que, na teologia deles, os que morreram em
Cristo estariam neste momento no Céu,
e continuariam lá da mesma forma se não ocorresse a ressurreição, com o único
detalhe de que viveriam para sempre em forma incorpórea. Então, como é que eles
poderiam estar perdios, arruinados ou
destruídos se não fosse pela ressurreição? Simplesmente não faz sentido.
Estar no Céu, ainda que em
estado incorpóreo pré-ressurreto, deveria ser motivo de regozijo, alegria e
exultação, e não de estar "perdido" ou de já ter
"perecido". Esses versos, de fato, só tem sentido se Paulo cresse que
não existe vida entre a morte e a
ressurreição, e que é a ressurreição que traz uma pessoa de volta à existência.
Desta forma, dizer que se não fosse por essa ressurreição os que morreram em
Cristo já pereceram ou estão perdidos faz todo o sentido, uma vez sendo que não
haveria ressurreição para voltarem herdarem uma vida eterna póstuma.
Esta é uma das consequências fatais em caso
de a alegação infundamentada dos Coríntios de que a ressurreição não existe
fosse verdadeira. Aqueles que aguardam a ressurreição dentre os mortos a fim de
ganhar vida nesta ocasião não ganhariam vida nenhuma – estariam destruídos –
sem vida, para sempre, sem esperança (v.18,19,30,32). Não estariam desfrutando
as bênçãos paradisíacas no Céu por toda a eternidade desprovidos de corpos. O que Paulo estava
dizendo era que, se a ressurreição não existe, então os mortos já pereceram. Em
outras palavras, se não fosse pelo “fator ressurreição”, coitados – já teriam
perecido! De jeito nenhum que estariam com as suas “almas imortais”
desencarnados para todo o sempre!
Além disso, no verso 19 o apóstolo
continua batendo firme nessa mesma linha, afirmando que se não há a
ressurreição [de um simples corpo morto(?)], então a nossa esperança se limitaria apenas a esta vida, razão
dele escrever no verso seguinte, seguindo a mesma lógica: “Se a
nossa esperança em Cristo se limita
apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens” (cf. 1Co.15:19). Ora, mas as nossas
almas já não estariam lá no Céu, incorpóreas porém conscientes, na outra
vida?
A ressurreição de um simples corpo
morto não seria um mero detalhe? Por que a nossa esperança se limitaria apenas
para esta presente vida se nós ficaríamos a
eternidade inteira lá no Céu do mesmo jeito, só que sem corpo? É evidente
que, para o apóstolo Paulo, a vida é somente a partir da ressurreição, e,
portanto, já teriam perecido os que dormiram em Cristo caso ela não fosse uma
realidade, e não existiria uma vida póstuma nem como “almas” nem como
“espíritos”. A nossa esperança limitar-se-ia apenas e tão-somente a esta
presente vida.
Uma “saída” encontrada por alguma parte
dos defensores do estado intermediário é que Paulo referia-se somente ao
versículo anterior: “Se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis
nos vossos pecados” (v.17).
Contudo, se contextualizarmos a passagem, veremos que o apóstolo está relatando
uma série de conseqüências em caso que a ressurreição não existisse, das quais uma delas é a de que nem o próprio
Cristo teria se levantado do túmulo, outra delas é que a nossa fé seria vã,
outra delas é que os apóstolos seriam tidos como falsas testemunhas de Cristo,
outra delas seria que os que dormiram em Cristo já teriam perecido, outra delas
é que a nossa esperança se limitaria apenas a esta vida, e assim por diante,
como podemos constatar por todo o contexto:
a) Alguns corintos
estavam dizendo que a ressurreição não existia.
b) Paulo diz que, se
a ressurreição não existe, então Jesus também não ressuscitou, e nós
continuamos mortos em nossos pecados.
c) “E ainda mais” (ou
seja, ele estava enumerando um outro ponto), se a ressurreição não existe,
estão os que dormiram em Cristo já pereceram.
d) Se a ressurreição
não existe, então conforme o verso 19 a nossa esperança seria apenas para esta vida (em outras
palavras, não existiria uma “vida póstuma”!)
e) Mas, de fato,
Cristo ressuscitou como primícia daqueles que dormem, e por isso vivificará todos os mortos na sua segunda
vinda (v.23)
f) O último inimigo a
ser vencido é a morte.
g) Se não há
ressurreição, então Paulo lutou com feras em Éfeso à toa.
h) Se não há
ressurreição, então seria melhor “comer,
beber, e depois morrer”.
Como vemos, alguns de Corinto estavam duvidando
da existência da ressurreição, e
Paulo lhes apresenta uma série de conclusões que naturalmente se extrairiam
desta falsa alegação. Se os mortos não ressuscitam, logo (1) nem sequer Cristo ressuscitou (v.13); (2) é vazia a nossa pregação (v.14); (3) é vã a nossa fé (v.14); (4)
somos falsas testemunhas de que Cristo foi ressuscitado (v.15); (5) ainda estamos nos nossos pecados
(v.17); (6) ainda estamos na
condenação do pecado (v.17); (7) também
os que dormiram em Cristo já pereceram (v.18); (8) a nossa esperança seria somente para esta vida (v.19); (9) somos os mais dignos de
compaixão (v.19); (10) sofremos
adversidades à toa (v.30); (11) o
melhor a fazer seria viver a vida hedonisticamente (v.32).
Principalmente as conclusões de Paulo de
número 7 a 11 nos mostram claramente que, sem a ressurreição, nem existiria
mais nenhuma vida póstuma. Perceba ainda que em nenhum dos argumentos Paulo
fala de que “os que morreram não estariam com
Cristo agora mesmo”; ou que eles “não
estariam na glória”; tampouco fala ele sobre “religação de corpo com
alma”. Se Paulo fosse imortalista, não diria que sem ressurreição os que
morreram em Cristo já teriam perecido e que a nossa esperança se limitaria
apenas a esta vida, teria dito que neste
caso os que morreram em Cristo não estão no Céu e que continuariam como
espíritos incorpóreos para sempre.
Isso nos mostra que, na visão paulina, não
existia nenhuma forma de vida racional entre a morte e a ressurreição. Por
isso, se não existisse ressurreição, seria o fim de tudo (cf. 1Co.15:18,19;
15:30,32). Vale a pena lembrar também que, se existisse uma alma imortal em
nós, então o fato de Cristo ter ou não ressuscitado nos garantiria de qualquer
jeito uma vida póstuma por meio dela, ainda mais quando de acordo com a
teologia imortalista os que morreram antes de Cristo já estariam com vida em
algum lugar e, portanto, não poderiam ter “perecido” como mostra o verso 18, e
já obteriam uma vida póstuma contrariando o que indica o verso 19.
Para os imortalistas, os justos que
morreram antes da ressurreição de Cristo já tinham suas almas conduzidas ao Céu
ou ao Seio de Abraão, a um lugar de paz e descanso, e, portanto, o fato de
Cristo ter ressuscitado ou não seria elementar, pois vida póstuma antes da
ressurreição aconteceria de qualquer jeito. Neste caso, Paulo também não teria
dito que os mortos sem a ressurreição de Cristo já teriam perecido ou estariam
perdidos, mas teria dito que ficariam para sempre no Céu ou no Sheol (o que não
deixaria de ser um prêmio, ao invés de uma perdição, como ele diz claramente no
verso 18).
Ainda, seria errôneo afirmar que nossa
esperança se limitaria apenas a esta presente vida (v.19), já que, com ou sem a
existência da nossa ressurreição ou da ressurreição de Cristo, os mortos teriam
sim uma vida póstuma, quando a suposta alma imortal se desligaria do corpo após
a morte, o que, segundo eles, já estava acontecendo desde o início da
humanidade, antes mesmo da ressurreição de Jesus ou da ressurreição geral dos
demais mortos. Portanto, não existem escapatórias à luz da clareza da linguagem
de Paulo neste capítulo sobre a ressurreição, que todo ele é uma negativa
enfática à possibilidade de vida consciente antes da ressurreição dos mortos.
Ele nega inteiramente que qualquer crente
em qualquer era já pudesse estar com vida antes da ressurreição. Os versos
mostrados deixam bem claro que, na visão de Paulo, a vida era somente a partir da ressurreição, e não antes da ressurreição em um estado
intermediário, como dizem os imortalistas. Evidentemente as únicas exceções a
isso são os que não passaram pela morte,
como é o caso de Elias e Enoque e, portanto, não necessitam de uma
ressurreição, pois foram transladados vivos.
Mais algumas observações podem ser feitas à
luz de todo o capítulo de 1ª
Coríntios 15. O último inimigo a ser vencido é a morte, que diante do contexto
será vencida em função da ressurreição,
e não de uma alma imortal que vence a morte sendo liberta do corpo por ocasião
do falecimento. A morte não é tratada na Bíblia como sendo uma amiga, mas como
uma inimiga, como o último inimigo a
ser vencido, que será destruído somente pela ressurreição. Como bem destacou
Oscar Cullman:
"Somente aquele que
discerne com os primitivos cristãos o horror da morte, que leva a morte a sério
como ela é, pode compreender a exultação da celebração da comunidade cristã
primitiva e entender que o pensamento de todo o Novo Testamento é governado
pela crença na ressurreição. A crença na imortalidade da alma não é a crença
num evento revolucionário. Imortalidade é, na verdade, só uma afirmação
negativa: a alma não morre, mas simplesmente continua viva. Ressurreição é uma
afirmação positiva: todo homem, que morreu de fato, é chamado de volta à vida
por um novo ato criativo de Deus. Algo aconteceu - um milagre de criação! Pois algo
também tinha ocorrido anteriormente, algo temível: a vida criada por Deus havia
sido destruída"[1]
Se após a morte física nossa alma
sobrevivesse e fosse direto à presença divina, a morte teria sido vencida pela
imortalidade da alma, e não somente pela ressurreição, no final de todas as
coisas, como nos diz João, no Apocalipse (cf. Ap.20:14). E, por fim, Paulo diz
que, se não há ressurreição, então ele lutou com feras em Éfeso à toa (v.32).
Mas como seria “à toa” caso ele fosse para o Paraíso do mesmo jeito só que
desincorporado? Por que ele diz que não se aproveitaria nada disso, “se os
mortos não ressuscitam”? Não valeria a pena caso estivéssemos com nossa alma
durante toda a eternidade no Paraíso do mesmo jeito?
Como vemos, para Paulo o Cristianismo só
valeria a pena de ser vivido caso existisse a ressurreição, pois sem ela a
nossa luta diária seria inútil, seria em vão. É óbvio que Paulo não imaginava
que se pudesse estar no Céu como espírito incorpóreo antes da ressurreição. E
isso fica ainda mais nítido com o verso seguinte, onde ele diz:
“Se os mortos não
ressuscitam, então comamos e bebamos, que amanhã morreremos” (v.32)
Segundo o apóstolo, a melhor opção seria
aproveitar hedonisticamente esta vida, “comendo e bebendo e depois morrendo”.
Qual a razão para Paulo falar deste jeito? Simplesmente porque se a
ressurreição não existe então também não existiria nenhuma vida póstuma. Seria
o “morrer e acabou”. Para sempre. A melhor opção, então, seria “comer e beber,
e depois morrer”! Clarissimamente o que se segue à morte não é um “estado
intermediário das almas”, mas sim a ressurreição na volta de Cristo (v.22,23).
Sem a realidade da ressurreição, não há
nenhuma esperança de vida eterna. Também é importante analisarmos o verso 30: “E por que também nós nos expomos a perigos a toda hora?
Dia após dia morro!” (v.30). Para Paulo, não fosse a ressurreição dos
mortos, nem valia a pena viver, porque a morte seria o fim de tudo. Por isso, o
melhor a fazer seria viver hedonisticamente esta vida (v.32), pois não existiria
uma vida póstuma (v.19), e ele estaria exposto a perigos sem razão lógica
nenhuma (v.30)! Citando de exemplo uma prática existente entre os pagãos, Paulo
diz:
“Se não há ressurreição,
que farão aqueles que se batizam pelos mortos? Se absolutamente os mortos não
ressuscitam, por que se batizam por eles?” (1ª Coríntios 15:29)
Paulo usa o exemplo “deles”
(os pagãos), que tinham o costume de batizar em favor dos mortos, por
causa da esperança deles na ressurreição. Mas, se os mortos não ressuscitam, então este
batismo que era feito em favor deles seria simplesmente inútil, uma perda de
tempo. Difícil imaginar isso no caso de que as almas já estivessem em algum
lugar após a morte, pois, neste caso, tal batismo pelos mortos teria efeito com
ou sem a ressurreição acontecer!
Mas, na teologia bíblica,
este verso faz total sentido. Afinal, se não há ressurreição, não há vida
póstuma, já que a vida póstuma se inicia na ressurreição. E, se não há vida
póstuma, não há razão de se batizar pelos mortos. Aqueles que batizavam pelos
mortos não faziam isso por crer na imortalidade da alma, mas por crer na
ressurreição. Eles tinham a esperança de que aqueles que já morreram iriam um
dia retornar à vida por meio de uma ressurreição dentre os mortos, e, com essa
esperança, batizavam em favor deles. Mas, se não há ressurreição, não há
retorno à vida, não há retorno à existência – por isso a inutilidade de tal
batismo! Portanto, até mesmo quando Paulo faz uso do exemplo do convívio dos
pagãos, mesmo assim há a clara menção de que é só por meio da ressurreição, e
não antes dela, que alcançamos a vida.
Claramente Paulo não imaginava de jeito
nenhum que sem a ressurreição os que já morreram viveriam eternamente do mesmo
jeito por meio de uma alma imortal. O contexto todo faz com que qualquer pessoa
com um mínimo de bom senso abandone completamente na mesma hora a heresia de
que “morremos e vamos com as nossas almas
imortais para o Céu, e a ressurreição é de um simples corpo morto que se religa
às nossas almas no Paraíso por ocasião da ressurreição que acontece na segunda
vinda de Cristo”.
A coisa mais absurda que algum imortalista diria é
que sem a ressurreição o melhor que temos a fazer é viver hedonisticamente sem
mais nenhuma esperança, porque para eles a vida seria eterna do mesmo jeito por
meio de uma alma imortal em nós implantada. A ressurreição, sendo ou não sendo uma realidade,
não impediria a vida após a morte. Seria um mero detalhe sem muita importância,
pois nós viveríamos eternamente, seríamos julgados e todas as demais coisas
seriam feitas sem corpo. Isso é claramente negado pelas palavras do apóstolo
Paulo.
A verdade é que a própria esperança de vida eterna ou
imortalidade teria perecido em caso que a ressurreição na volta de Cristo não
existisse (cf. 1Co.15:18,19,30,32), o que nos mostra claramente que a esperança
cristã não é a de eternidade por meio de uma alma imortal implantada em nós por
ocasião do nascimento, mas sim de uma imortalidade mediante a ressurreição dos
mortos, o foco de todo o capítulo (cf. 1Cor.15); aliás, de todo o Novo
Testamento. É apenas pela ressurreição, por meio da ressurreição e na
ressurreição que obteremos a imortalidade. Paulo nega em absoluto a existência
de vida póstuma senão por ocasião da ressurreição dentre os mortos, a nossa
esperança.
Do início ao fim, o apóstolo segue a linha de
pensamento holista. Sendo que não existe uma “alma imortal”, então não existe
uma vida “com almas” antes da ressurreição. Por isso, se essa ressurreição não
existe, então os que dormem em Cristo já teriam perecido. Por isso, a nossa
esperança se limitaria apenas a esta presente vida. Por isso, Paulo
teria lutado com feras em Éfeso totalmente à toa, pois não existiria uma vida
póstuma. Então, o melhor a fazer caso os mortos não ressuscitassem seria “comer,
beber e depois morrer”. Seria o fim. Não fosse pelo fator ressurreição, a morte
que cada indivíduo passa seria o fim de sua existência.
É óbvio que Paulo não tinha a mínima noção
de que a ressurreição se limitava a um simples corpo mortal que se religaria ao
nosso “verdadeiro eu”, as nossas almas imortais que já estariam no Paraíso em
uma existência contínua. Qual nada, se não fosse pela ressurreição, já teriam
perecido. Mas, de fato, Paulo traz uma esperança. Essa é a mesma esperança que
os apóstolos alimentavam tanto: a esperança da ressurreição dentre os mortos,
no último dia.
Paulo dá um motivo de esperança e de
alegria aos coríntios, que não se baseava na ilusão pagã de que as nossas almas
imortais já estariam no Céu, mas sim no dia em que todos os que estão
literalmente mortos seriam vivificados.
E essa esperança é apresentada nos versos 22 e 23 de maneira mais clara: “Porque, assim como todos
morrem em Adão, assim também todos
serão vivificados em Cristo. Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias,
depois os que são de Cristo, na sua
vinda”.
Em Adão todos morremos, literalmente, pois
Adão desobedeceu as ordens de Deus, tornando-se mortal, sendo enganado pela mentira de Satanás de que certamente
não morreria (cf. Gn.3:4). Porém, a
esperança é de que, em Cristo Jesus, todos serão vivificados. De acordo com o dicionário, “vivificar” significa
exatamente “Dar vida a; fazer existir”.
Os mortos voltarão à vida na ressurreição do último dia, na gloriosa volta do
Nosso Senhor Jesus Cristo.
Curioso é notar que, enquanto por todo o
capítulo o apóstolo lista uma série de fatos trágicos que seriam realidade na
hipótese de não existir ressurreição, ele por fim cita as boas-novas, falando
sobre o meio pelo qual podemos ganhar vida novamente no futuro, onde em momento
nenhum é mencionado que seja através de uma alma imortal imediatamente após a
morte, mas sim por meio da ressurreição dos mortos, quando seremos vivificados
na segunda vinda de Cristo (cf. 1Co.15:22,23).
Não é a toa que Paulo passou algumas
epístolas falando capítulos inteiros sobre a ressurreição, como em 1ª Coríntios 15, o único capítulo na
Bíblia completamente elaborado à ressurreição dos mortos, mas não há referência
nenhuma à religação dos corpos
ressurretos a almas deixando o Céu, o inferno ou o purgatório. Como Paulo
poderia ter se esquecido do ponto mais fundamental
da doutrina da ressurreição, no ponto de vista dualista?
Certamente os teólogos imortalistas do
século XXI com as suas doutrinas dualistas iriam dar uma “aula teológica” para
o apóstolo Paulo aprender a falar de algo tão importante na doutrina da
ressurreição! Não seria estranho que Paulo deixasse de mencionar isso
inteiramente em sua discussão acerca daquilo que acontece na ressurreição?
Afinal, tal conceito é de fundamental importância a fim de compreendermos o que
se dá por ocasião da ressurreição. Se Paulo fosse imortalista, certamente não
deixaria de mencionar um “fato” tão importância dentre os acontecimentos que
sobrevêm na ressurreição!
E olha que Paulo não poupou palavras sobre
o tema. Disse sobre as consequências da ressurreição (v.19,20), disse sobre as
testemunhas da ressurreição (v.4,5), disse sobre o seu próprio testemunho
(v.8), disse sobre a ressurreição de
Cristo (v.13), disse sobre quando seremos vivificados (v.22,23), disse sobre o
inimigo da ressurreição (v.26), disse com que tipo de corpos virão (v.36-39),
disse sobre os corpos celestes e os corpos terrestres (v.40), disse sobre o
corpo semeado e o corpo ressurreto (v.v.42-44), disse sobre a imagem do homem
terreno e celestial (v.47,48), disse sobre quando seremos imortais (v.53),
disse sobre quando seremos incorruptíveis (v.51-54), disse sobre quando a morte
é tragada (v.54,55). .. mas sobre a
religação de corpos ressurretos com almas incorpóreas, um dos principais pontos
e focos da doutrina da imortalidade da alma no contexto da ressurreição... nada!
Mais do que isso, ele acentua o momento em
que realmente atingiremos a imortalidade:
“Eis que eu lhes digo um
mistério: Nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num momento,
num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta. Pois a trombeta soará,
os mortos ressuscitarão incorruptíveis e nós seremos transformados. Pois é
necessário que aquilo que é corruptível se revista de incorruptibilidade, e aquilo que é mortal, se revista de
imortalidade. Quando, porém, o que é corruptível se revestir de
incorruptibilidade, e o que é mortal, de
imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: A morte foi
destruída pela vitória”
(cf. 1Co.15:51-54)
Como vemos, a imortalidade não é algo que
nós já possuímos (supostamente na forma de uma alma imortal dentro de nosso
ser), mas sim algo pelo qual nos revestiremos,
no futuro. E quando? Na ressurreição dos mortos.
Poderíamos resumir os argumentos levantados
em torno de 1ª Coríntios 15
com um quadro que resume o contraste entre a teologia paulina com a teologia
imortalista:
O QUE ACONTECERIA CASO A RESSURREIÇÃO NÃO EXISTISSE
|
|
PARA OS IMORTALISTAS
|
PARA O APÓSTOLO PAULO
|
Os mortos ficariam desencarnados para sempre
|
Os que dormiram em Cristo já pereceram – cf. 1Co.15:18
|
Existiria uma vida póstuma em forma de “espírito incorpóreo”
|
A nossa esperança se limitaria apenas a esta presente vida – cf.
1Co.15:19
|
Deveríamos dar o máximo pela nossa salvação pois as nossas almas
ficariam para sempre no Céu do mesmo jeito
|
O melhor a fazer seria viver a vida hedonisticamente, “comamos e
bebamos, para que amanhã morramos” – cf. 1Co.15:32
|
Valeria a pena ficar em perigo pois as nossas almas ficariam para sempre
no Céu do mesmo jeito, embora sem um corpo físico
|
Estaríamos correndo perigo totalmente à toa – cf. 1Co.15:30
|
Na ressurreição a alma imortal se religa ao corpo morto
|
Pessoas são mortas, pessoas são vivificadas
na volta de Cristo – cf. 1Co.15:22,23
|
A morte é vencida quando a alma imortal vence a morte sendo liberta da
prisão do corpo
|
A morte só é vencida por ocasião da ressurreição dos mortos – cf.
1Co.15:55
|
Nós já detemos a imortalidade na forma de uma alma imortal implantada em
nosso ser
|
A imortalidade é uma possessão futura, a qual só alcançaremos com a
ressurreição dos mortos – cf. 1Co.15:51-54
|
Com tudo isso, podemos constatar que, na
visão de Paulo, a imortalidade está ligada unicamente à ressurreição dos
mortos, como podemos ver em todo o capítulo de 1ª Coríntios 15. E Paulo termina o capítulo da seguinte
maneira: “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes,
sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo
que o vosso trabalho no Senhor não é em vão” (cf. 1Co.15:58). No capítulo inteiro toda a esperança da
recompensa pelo trabalho dos cristãos não é relativa a uma alma imortal que
lhes garante a imortalidade, mas unicamente ligada à ressurreição na volta de
Cristo.
Se todos os crentes tivessem uma alma
imortal implantada dentro deles, Paulo certamente lhes lembraria disso como
garantia certa de imortalidade e de recompensa pelo trabalho no Senhor.
Contudo, vemos em todo o capítulo que a ressurreição é o único fundamento e
penhor da esperança do crente a fim de atingir uma vida eterna e imortalidade
na volta de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Por Cristo e por Seu Reino,
Lucas Banzoli (apologiacrista.com)
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- Preterismo em Crise (Refutando o Preterismo Parcial e Completo)
[1] CULLMANN, Oscar. Imortalidade da Alma ou Ressurreição dos
Mortos? Disponível em: <http://www.mentesbereanas.org/download/imort-ressur_folheto.pdf>.
Acesso em: 13/08/2013.
Meu querido irmão , a graça e a paz do nosso Deus . Pela primeira vez em toda minha vida , presenciei alguém que realmente explicou de forma fundamentada na palavra de Deus o erros ensinados sobre a imortalidade da alma . Copiei todos os seus artigos . Estarei orando para que Deus continue te iluminando !
ResponderExcluirUm abraço !
me envie todos os seus artigos !
neiltonbai@gmail.com
Olá, a paz de Cristo! Agradeço seu comentário, atualmente eu estou atualizando o blog diariamente com artigos novos, fico feliz por estar gostando, Deus te abençoe!
ResponderExcluirParabéns irmão Lucas! Seu trabalho é maravilhoso tirando o véu da cegueira herética que tanto fere a Santa Bíblia. Continue assim! Que Deus Te abençoe grandemente!
ResponderExcluirOlá, Caren, agradeço o carinho, Deus te abençoe.
ResponderExcluir''Se vossa justiça não exceder em nada á dos escribas e fariseus...''
ResponderExcluirVamos ver se o administrador dessa pagina possui senso de Justiça mesmo ?
A Doutrina da Imortalidade da Carne, tão pregada pelas religiões protestantes, pelos dogmas do Arrebatamento de Corpos físicos ao Paraíso e outras, nada mais do que um ENTRAVE a BOA NOVA do Cristo.
"O Espírito é o que VIVIFICA, a Carne para nada aproveita, As PALAVRAS que eu vos tenho dito são ESPÍRITO E VIDA!" (Disse JESUS) (João 6:63)
De todos os lado quando se nega o ESPIRITO se cai na CARNE (MORTE)
Até mesmo a RESSURREIÇÃO DO ULTIMO DIA JA OCORREU EM CRISTO.
http://aquariuspage.blogspot.com.br/2013/05/voce-sabia-que-ressurreicao-dos-mortos.html
- E quando negam isso, JOGANDO PARA O FUTURO COMO FAZEM, INdiretamente afirmam EM ALGUMAS DE SUAS TEORIAS; COMO ISRAEL O RELÓGIO DE DEUS, AFIRMAM que ele ainda não veio ao mundo, ou seja; quem é que nega que ele veio em CARNE ?
Acha que sendo irônico e mentiroso, Leia seriamente as postagens e deixem a ignorância de lado, que nada mais é as ARMAS DO DIABO. pois sem educação, justiça e verdade; sempre estaremos com ele.
http://aquariuspage.blogspot.com/2009/11/verdade-sobre-grande-tribulacao.html
http://aquariuspage.blogspot.com.br/2012/09/jerusalem-fisica-com-relogio-de-deus-e.html
http://aquariuspage.blogspot.com.br/2011/12/os-ultimos-dias-e-o-que-diz-biblia.html
Estude e Reflita!
Como voce acredita que Moises ressuscitou antes de Cristo, eu só queria que voce me respondesse o que que aconteceria com Moises se Cristo não tivesse ressuscitado? (1 co 15:18) seria aniquilado, já que sem ressurreição não haveria redenção e portanto não haveria igreja?
ResponderExcluirReleia o artigo sobre a ressurreição de Moisés, eu não disse que Moisés já está na glória, mas sim que a ressurreição dele foi temporária, igual a de Lázaro, por exemplo, que voltou a morrer:
ResponderExcluirhttp://desvendandoalenda.blogspot.com.br/2013/08/o-que-moises-fazia-vivo-no-monte-da.html
Respondendo ao neo-gnóstico do Valter que comentou ali acima:
ResponderExcluirhttp://desvendandoalenda.blogspot.com.br/2012/12/refutando-os-neo-gnosticos-que-negam.html
http://desvendandoalenda.blogspot.com.br/2013/08/refutando-os-neo-gnosticos-que-negam.html
Porque Deus vai tirar os impios mortos da inexistencia e aniquila-los logo em seguida?Ora, eles já não estão aniquilados?
ResponderExcluirRespondido aqui:
ResponderExcluirhttp://desvendandoalenda.blogspot.com.br/2013/08/introducao-biblica-ao-inferno.html
Irmão Lucas, parabéns pelo trabalho desenvolvido aqui no seu brog, eu amo a doitrina da ressurreição que me faz cada vez mais dependente de Deus, pois se não haver ressurreição estaremos todos perdidos.Tenho desenvolvido um trabalho se,melhante ao seu, mas mais na área de edição de vídeo, vou deixar abaixo um vídeo que eu editei e gostaria que você me ajudasse a divulgá-lo, infelismente nossa doutrina que não é nossa mas daquele que enviou o seu Filho é muito resistida, por favor ajude na divulgação do vídeo.
ResponderExcluirhttps://www.youtube.com/watch?v=6TT6BhiHW3o#aid=P--z2_o8OXI
Olá Gilvan, vou divulgar seu vídeo sim, parabéns pelo seu trabalho, Deus te abençoe!
ResponderExcluirÓTIMO TRABALHO >>>LUCAS BANZOLI<<<!
ResponderExcluirSimplesmente fantástico seu BLOG!
Parabéns! Fique com Deus!
Irmão Lucas, vais me desculpar eu sei que vc esclareceu quaze tdo
ResponderExcluirmas me restou ainda alguma dúvidazinha
acontece q eu até agora ñ consigo
perceber oque acontece que aqueles q morreram
fisicamente antes de Cristo?
e se Cristo tbm ñ ressuscitasse dentre os mortos
eles tbm estariam perdidos ou ja teriam se livrado do abismo pelo facto de ja terem sido salvo pela lei.
Nelson, os que morreram antes de Cristo simplesmente voltaram ao pó da terra de onde vieram. E eles jamais seriam ressuscitados para viver mais uma vez, se não fosse pela ressurreição de Cristo, que garante a ressurreição geral dos mortos. A obediência a lei lhes garantiria ressuscitar para a vida, mas essa ressurreição para a vida só se tornou possível graças à ressurreição de Jesus.
ResponderExcluirAbraços.
Caro Lucas,
ResponderExcluirPostei o seguinte comentário no youtube, no vídeo do Gilvan:
"Caro Gilvan,
Eu acredito que alem da questão das heresias envolvidas em torno desse tema, a crença na imortalidade da alma parece soar como um refrigério ou um premio de consolo para muitos daqueles que enfrentaram as perseguições do diabo e se privaram das delicias desta vida para servir a Deus.
Digo isso, pois a morte é, de fato, um sofrimento para o homem, pois trata-se do cumprimento de um CASTIGO irrevogável, da parte de Deus, pela desobediência de Adão e Eva. Assim sendo, se é um castigo, automaticamente, não representa algo BOM e, por isso, o homem tende a fugir da ideia de que tudo acabou realmente.
Dessa forma, vejo que muitos recorrerem a esse pensamento herético como uma forma de aliviar esse sofrimento, mesmo dizendo-se cristãos...mesmo crendo na ressurreição dos mortos.
Claro que ainda assim continua sendo um erro, mas o importante é acreditar que o Filho de Deus veio ao mundo, morreu por nós, ressuscitou, subiu aos céus (sendo o primeiro da ressurreição dos mortos) e voltará em gloria para julgar os vivos e os mortos.
Quanto aos sonhos, visões e revelações, acredito que Deus tenha poder de dá-los aos homens, como ocorreu, por exemplo, no monte da transfiguração, quando os apóstolos viram uma visão envolvendo dois vivos (Jesus e Elias) e um morto (Moses).
A intimidade com Deus e os seus soberanos propósitos de salvação, a meu ver, podem fazer com que Deus "abra as janelas dos céus" e mostre (revele) algo para alguém que traga consolo para si ou para outrem, converta o coração de um incrédulo, ou indique o caminho para suprir necessidades materiais e espirituais dos filhos de Deus.
O problema disso tudo está no fato do diabo se aproveitar da fraqueza humana para, de alguma forma, levar o homem a blasfemar do Criador, voltar ao próprio vomito e, por fim, perder a vida eterna.
Deus te abençoe!!!
Olá, Marcelo, perfeitas as suas observações. Grande abraço!
ResponderExcluirGlória a Deus por este estudo, me ajudou muito a entender melhor e dirimir minhas dúvidas sobre o tema mortalidade da Alma.
ResponderExcluirAilton Linares
Lindo blogger Deus te abençoa
ResponderExcluirOla Lucas
ResponderExcluirBom esse artigo. Bem explanado. Eu não sou imortalista. Mas esse texto de 1 cor 15 me deixa com a pulga na orelha. Ele parece ter um tom gnostico. Veja todos os cristãos assumem e foram doutrinados desta forma, evangelicos e caolicos de que a ressurreição será carnal. Mas o texto diz que"carne e sangue não herdarão o reino de Deus e completa que os mortos em Cristo ressucitarão primeiro e serao transformados e os vivos num piscar de olho serão também transformados. Aqui não evidencia de uma ressurreição carnal como nos ensina. Se de fato a ressurreição seja espiritual, os pais da igreja erraram, os catolicos errram como também os evangelicos, caso contrario, estamos diante de um texto totalmente gnostico. Paulo em Filipenses no primeiro capitulo relata que esta desejoso de partir e estar com Cristo, mas ao mesmo tempo deseja ficar na carne por que tem desejo de ver os irmaos filipenses. Parece ser mais um texto gnostico.
Escrevi sobre isso aqui:
Excluirhttp://apologiacrista.com/ressuscitaremos-em-carne-ou-em-corpo-espiritual
Abs!
Olá Lucas Banzoli, seus estudos são ótimos! muitas dúvidas já foram solucionadas, mas em relação a ENOQUE e ELIAS, discordo.
ResponderExcluirNo tocante a Enoque, a biblia diz que ele viveu 365 anos, se eu digo que tal pessoa viveu 100 anos, é pq a sua vida foi até 100 anos.
João 3:13 relata: “Ora, ninguém subiu ao céu senão aquele que de lá desceu, a saber, o filho do homem”.
Jamais Enoque, Elias e Moisés poderiam passar na frente de Jesus, pois a primazia está com ele, a biblia afirma que todos os mortos, juntamente com os vivos , na vida do Senhor serão transformados e receberão a imortalidade!
Crer que Enoque, Elias e Moisés estão no céu, é incoerente com as santas escrituras, o apóstolo Paulo diz " na ressurreição do último dia!" é que todos serão levados por Cristo e não que estes três estejam lá.
Enoque foi transladado, Significado de Transladado. adj.Característica do que se transladou; que foi transportado ou transferido de um local para outro.
Ele era tão íntegro em seus caminhos, que Deus o tomou para si, não que Deus tenha posto ele lá no Céu, mas para que Enoque não fosse morto por ninguém ou outra coisa, "tomou para si" é apenas uma força de expressão.
Se acreditarmos que Enoque e Elias já provaram o arrebatamento e receberam a imortalidade, então eles teriam vencido a morte, antes de Cristo, pois a morte será o último inimigo a ser destruído, já Jesus venceu a morte, pq ele ressuscitou para a vida eterna !!!!
Espero que esta observação ajude.
Parabéns Lucas e um Abraço.
Mas e o que Paulo fala em Filipenses 1:21-24 contraria a explicação apresentada. "Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho.
ResponderExcluirMas, se o viver na carne me der fruto da minha obra, não sei então o que deva escolher.
Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir, e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor.
Mas julgo mais necessário, por amor de vós, ficar na carne."
Veja aqui:
Excluirhttps://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2013/10/partir-e-estar-com-cristo-quando.html
Ola Luca! Comentei com meu pastor sobre a imortalidade da alma, morte esterna o que falou a respeitou obvio defendeu tais doutrinas. Falando Ezequiel 18:20-24 e que carecia de tal interpretação e ler mais a biblia. Por ultimo pediu pra ver comentarios e artigos daqueles que defendem a imortalidade.
ResponderExcluirInfelizmente a maioria dos pastores estão cegos mesmo. Nem vale a pena perder tempo discutindo e mostrando a verdade.
Excluir