A Questão do Juízo – “Da
mesma forma, como o homem está destinado a morrer uma só vez e depois disso
enfrentar o juízo”
(cf. Hb.9:27). Uma das
provas que eu considero mais fortes da inconsciência pós-morte é a questão
relativa ao juízo. O autor de Hebreus é bem enfático ao dizer que logo em seguida da morte vem o juízo. Não vem o Céu e nem o inferno. A
pessoa só é levada ao Céu ou ao inferno depois
de ser julgada. Contudo, lemos que este julgamento só irá acontecer ao soar da última
trombeta (cf. Ap.11:18), e após toda a tribulação apocalíptica, no
final dos tempos (cf. Ap.20:12), na volta de
Jesus (cf. 2Tm.4:1).
O julgamento só acontecerá “quando vier o Filho do Homem na sua majestade e
todos os anjos com ele, então, se assentará no trono da sua glória” (cf.
Mt.25:31). Sendo assim, a doutrina de que vamos diretamente para o Céu ou para
o inferno antes da volta de Cristo (quando os mortos serão ressuscitados – cf.
1Co.15:22,23) entra em um total choque de lógica. Se as pessoas vão direto para
o Céu ou para o inferno antes da volta de Cristo quando serão julgadas (cf. Mt.25:31),
isso conflitaria com Hebreus 9:27, que diz enfaticamente que o juízo é logo
após a morte.
Se o juízo é só na volta de
Cristo (cf. Mt.25:41; 2Tm.4;1), mas os mortos já estão no Céu ou no inferno
muito antes disso, então eles estariam lá sem serem julgados ou, então, haveria
dois julgamentos, mas Hebreus 9:27 traz o juízo no singular. Cada pessoa é julgada apenas uma única vez. Ninguém é
levado ao Céu ou ao inferno antes do juízo, e este só acontecerá na volta de
Cristo.
Por conseguinte, os mortos
antes disso não podem estar no Céu ou no inferno. Estão literalmente mortos, na
sepultura, e só serão ressuscitados na volta de Cristo quando serão julgados.
Um só julgamento, logo após serem ressuscitados, e só depois de serem julgados
irão para o Céu ou para o inferno. Uma lógica simples e coerente, mas do lado
dos imortalistas é preciso muita imaginação para sustentar a doutrina da
imortalidade da alma à luz da doutrina do juízo.
Para deixar um pouco mais claro, vamos enumerar as
premissas:
(1) Existe um só juízo.
(2) Esse juízo é somente na volta de Cristo.
(3) Ninguém é lançado no Céu ou no inferno sem antes ser
julgado.
(4) Por conseguinte, concluímos que não existe vida antes
da ressurreição dentre os mortos quando todos serão julgados.
Vamos fortalecer um pouco mais os dois primeiros
pontos e mostrar à luz da Bíblia Sagrada a questão relativa ao Juízo:
1. Existe um só juízo. Esse é um fato evidente que a Bíblia deixa mais do
que claro. Em primeiro lugar, nunca na Bíblia inteira é mencionada qualquer
pessoa passando por dois juízos. O
juízo é apenas um porque não pode ser revogado. Além disso, Hebreus 9:27 traz
“juízo” no singular. Existe um único juízo.
Também em Mateus 10:25, em Mateus 11:22, em Mateus
11:24, em Mateus 12:36, em Mateus 12:41, em Mateus 12:42, em Lucas 10:14, em
Lucas 11:31, em Lucas 11:32, em João 5:29, em João 9:39, em João 12:8, em João
12:11, em Atos 24:25, em Hebreus 6:2, em Hebreus 9:27, em Tiago 2:23, em 2Pedro
2:4, em 2Pedro 2:9, em 2Pedro 3:7, em 1João 14:17, em todas essas passagens o
juízo vem no singular.
Apenas um péssimo leitor da Bíblia seria capaz de negar
o fato inteiramente claro e óbvio de que existe um único juízo para cada
pessoa. Juízo este que não pode ser revogado e nem alterado, por isso mesmo é
chamado de “juízo eterno”. Que os mortos não foram julgados fica ainda mais
claro à luz de Atos 7:31, que diz: “Porquanto tem determinado um
dia em que com justiça há de julgar
o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos,
ressuscitando-o dentre os mortos”. Esse dia não chegou ainda. Note que o
verbo está no futuro: “há de julgar” –
ou seja, o juízo ainda não se concretizou e, portanto, os mortos não foram
julgados para entrarem no Céu ou no inferno. Tal juízo ocorre é na segunda
vinda de Cristo, como veremos a seguir.
2. Esse juízo é somente na volta de Cristo. Esse juízo a Bíblia afirma que acontece exatamente no
momento da segunda vinda de Cristo. Em Mateus 25, a partir do verso 31, o
Senhor Jesus fala sobre esse juízo, e diz quando ele será efetuado: “Quando o Filho do Homem vier
em sua glória, com todos os anjos, assentar-se-á em seu trono na glória
celestial”
(cf. Mt.25:31). Trata-se a uma referência clara à volta gloriosa de Cristo.
Também no contexto lemos: “Então o Rei dirá aos que
estiverem à sua direita: Venham, benditos de meu Pai! Recebam como herança o
Reino que lhes foi preparado desde a criação do mundo” (cf. Mt.25:32).
Veja que os justos só entram na herança
depois deste juízo, que acontece na revelação gloriosa de Cristo. Na epístola à
Timóteo, Paulo afirma tal fato categoricamente: “Na presença de Deus e de Cristo Jesus, que há de
julgar os vivos e os mortos pela sua vinda e por seu Reino” (cf. 2Tm.4:1). Clareza maior do que essa é impossível: “há
de julgar... pela sua vinda”! "Há
de julgar" denota que o juízo não aconteceu ainda, mas
é um evento futuro, ao passo que "na sua vinda" mostra quando é
que esse juízo acontecerá.
Importante também é ressaltar que é só depois deste julgamento que os santos
serão recebidos no Reino (cf. Mt.25:32). Se ao morrerem as suas almas imortais
já tivessem partido para o Paraíso (sem serem julgadas e nem nada, contrariando
inclusive Hebreus 9:27), então os santos já teriam sido recebidos no Reino. O
fato é que este julgamento só acontece na segunda vinda de Cristo. Isso explica
o porquê que Paulo esperava que Onesíforo encontrasse a misericórdia da parte
do Senhor “naquele dia” (cf. 2Tm.1:16-18).
Se os mortos já estivessem sido julgados
estando no Céu ou no inferno como pregam os imortalistas, então Onesíforo já
teria encontrado a misericórdia da parte do Senhor. No próprio livro de
Apocalipse lemos que o juízo só vem após o término de todos os acontecimentos
finais, após a segunda vinda de Cristo e a ressurreição: “Vi também os mortos, grandes e pequenos, de pé diante do
trono, e livros foram abertos. Outro livro foi aberto, o livro da vida. Os
mortos foram julgados de acordo com o que tinham feito, segundo o que estava
registrado nos livros” (cf. Ap.20:12).
3. Ninguém é lançado no Céu ou no inferno
sem antes ser julgado. Já
vimos nos dois últimos pontos que existe um único juízo para cada pessoa, e
este juízo começa apenas na segunda vinda de Cristo. Obviamente, ninguém seria
condenado sem ser julgado primeiro. Se os ímpios já estivessem queimando no
inferno, seria totalmente desnecessário um juízo na volta de Cristo já que eles
já estão lá, não podem sair de lá, e vão continuar lá do mesmo jeito. Isso
prova que eles não estão queimando ainda. O castigo não está
ainda ocorrendo, não havendo esse fogo devorador senão por ocasião da revelação
de Cristo “naquele dia”, o dia da segunda vinda de Cristo (cf. 2Ts.2:7-10).
O fato é que existe um só juízo (cf. Mt.10:25; Mt.11:22; Mt.11:24; Mt.12:36; Mt.12:41; Mt.12:42;
Lc.10:14Lc.11:31; Lc.11:32; Jo.5:29; Jo.9:39; Jo.12:8Jo.12:11; At.24:25;
Hb.6:2; Hb.9:27, Tg.2:23; 2Pe.2:4; 2Pe.2:9; 2Pe.3:7; 1Jo.14:17), esse juízo após a morte (cf. Hebreus 9:27), sendo na volta de Cristo (cf. Mt.25:31; Ap.20:12;
2Tm.4;1; At.7:31), só depois deste juízo que os mortos receberão a merecida recompensa (cf. Mt.16:27; Ap.22:12; Dn.12:13), e se os ímpios já
estivessem queimando no inferno, seria totalmente desnecessário um juízo na
volta de Cristo já que eles já estão lá, não podem sair de lá, e vão continuar
lá do mesmo jeito. Ninguém é lançado no Céu ou no inferno sem ser julgado primeiro!
- Por conseguinte, concluímos que não existe vida
antes da ressurreição dentre os mortos quando justos e ímpios serão julgados,
para entrarem no Paraíso ou para serem punidos. Os ímpios não vão estar sendo
castigados no inferno sem nem ao menos serem julgados primeiro, para depois
sair e ir para o julgamento e voltar a queimar novamente. Tal doutrina (de
estado intermediário) não se harmoniza com a doutrina do juízo.
Poderíamos sustentar as premissas de várias maneiras
provando que a doutrina do juízo não se harmoniza com a imortalidade em um
estado intermediário. Alguns meios que são legítimos pelo que vimos até aqui:
(1) Depois da morte vem em seguida o juízo, e não o Céu
ou o inferno (cf. Hb.9:27).
(2) Este juízo é único e ocorre somente na segunda vinda
de Cristo (cf. 2Tm.4:1).
(3) Logo, os mortos não estão atualmente no Céu ou no
inferno.
As duas primeiras premissas são fatos que nós já vimos até aqui, amplamente declarados na
Bíblia, e a terceira é a conclusão lógica das premissas. É muito claro que os
apóstolos tinham a convicção de que o estado entre a morte e a ressurreição era
um estado realmente de morte (sem vida) e, por isso, um estado atemporal. Não
existe lapso de tempo entre a morte e a ressurreição.
É por isso que o escritor de Hebreus afirma que para
quem morreu vem em seguida o juízo (cf. Hb.9:27), apesar deste juízo ser
somente na segunda vinda do Senhor (cf. 1Tm.4:1). Se o estado intermediário
fosse um estado temporal, então
existiriam milhares de anos no Céu ou no inferno antes da ocasião do juízo; em
outras palavras, depois da morte não haveria o juízo! É óbvio que este estado é, como vimos, atemporal, não-existente. Morreu e vem o juízo, apesar de ser somente na volta
de Jesus.
Sendo que em um estado atemporal não existe tempo, segue-se que, morrendo, vem em seguida
o juízo, que no estado temporal é
claramente relacionado à segunda vinda do Senhor, o Cristo. Para quem está
literalmente morto (i.e, sem vida) não existe tempo e espaço, e a passagem da
vida terrena para a ressurreição é, realmente, como em um abrir e fechar de
olhos, quando seremos ressuscitados e julgados para estar com Cristo. Isso é
muito evidente quando comparamos a declaração de Hebreus 9:27 em relação à
doutrina do juízo registrada na Bíblia Sagrada.
Outra maneira simples de desclassificarmos a doutrina
da imortalidade da alma em frente à doutrina do juízo:
(1) Existe um só juízo para cada pessoa.
(2) Se alguém é lançado no fogo do inferno, pressupõe
que tenha sido julgado para isso.
(3) Contudo, o juízo somente vem a ocorrer na segunda
vinda de Cristo.
(4) Logo, os mortos estão literalmente mortos (i.e, sem
vida) esperando serem ressuscitados para aí sim serem julgados para então entrarem
na vida ou na condenação.
Novamente todas as premissas são confirmadas
biblicamente, como já vimos acima. A premissa número dois apresenta uma lógica
incontestável de que para alguém ir para o fogo do inferno é bem presumível
que, realmente, deva ter passado por um juízo
para isso. Afinal, o nosso Deus é um Deus justo, que não iria de forma alguma
condenar alguém sem ter sido julgado para isso! Deus julga, e depois condena.
A salvação ou perdição não precedem o juízo porque na
própria continuação da passagem o autor de Hebreus evidencia que a salvação sucede (e não “antecede”) o juízo: “Da
mesma forma, como aos homens está ordenado morrerem uma só vez e depois disso
enfrentar o juízo, assim também Cristo foi oferecido em sacrifício uma única
vez, para tirar os pecados de muitos; e aparecerá segunda vez, não para
tirar o pecado, mas para trazer salvação aos que o aguardam” (cf. Hb.9:27,28).
Portanto, fica claro que não existe um
“estado intermediário das almas”, pois o juízo para a separação entre justos e
injustos só ocorre na segunda vinda de Cristo e a salvação não precede o juízo.
Se as pessoas já estivessem no Céu neste “estado intermediário” (ou em algum
outro lugar entre os salvos) então ela já estaria salva e, portanto, a salvação
precederia o juízo, o que é claramente negado pelo autor de Hebreus (cf.
Hb.9:28)! Os que “o aguardam” não estavam já entre os salvos, pois se fosse
assim Cristo não teria que “trazer
salvação” a eles! A lógica desmente completamente a lenda da imortalidade da alma.
Também João afirma que “nisto é aperfeiçoado em nós o amor, para
que no dia do juízo tenhamos confiança; porque, qual ele é,
somos também nós neste mundo"
(cf. 1Jo.4:17). Por que ele acentua essa confiança “no dia do juízo” e não no dia da morte, quando
a suposta “alma imortal” iria partir para o Céu? Ou o salvo morrendo já teria a
sua sorte definida entre os salvos, ali permanecendo esperando o dia do dia do
juízo para saber se serão salvos ou não, embora já certos de que sim!
Ora, o crente que morre só
ganha (efetivamente) a salvação para desfrutá-la na segunda vinda de Cristo
(cf. Hb.9:27,28), e não em um “estado intermediário”, e a expectativa sendo
lançada para o Dia do Juízo seria inútil em caso que a alma já fosse salva ou
condenada logo no momento da morte. Esperaríamos justamente o inverso, isto é,
que a expectativa para saber se seremos ou não salvos fosse logo na morte e não
no juízo que só vem a acontecer na volta de Jesus (cf. 2Tm.4:1; At.7:31).
Quando assumimos a posição de mortalidade fazemos como João – colocamos o Dia
do Juízo sendo o “clímax” da história; quando, porém, a “imortalidade da alma” entra
no Cristianismo, esse Dia deixa de ser o centro do palco.
Poderíamos também argumentar de outra maneira, se
preferíssemos:
(1) Se os ímpios já estivessem no inferno e os justos no
Céu, não precisariam ser julgados para permanecerem no mesmo lugar do mesmo
jeito, já que a ida ao Céu ou ao inferno é algo definitivo e irreversível.
(2) O juízo é somente na segunda vinda de Cristo.
(3) Pressupõe-se logicamente, portanto, que os mortos não
estão na vida ou na condenação antes do momento do juízo.
Nestas últimas premissas, o ponto-chave está
fundamentado sobre a lógica da primeira premissa, de que é algo que vai
frontalmente contra a lógica ter que sair do Céu ou do inferno para ser julgado
e depois permanecer no Céu ou no inferno do mesmo jeito que antes. Isso, além
de não fazer lógica nem ter qualquer sentido, faz do Dia do Julgamento algo
presumível e sem razão de ser. Esperaríamos justamente o contrário, isto é, que
os mortos fossem julgados e, depois,
encaminhados ou para a vida ou para a condenação, em seus destinos finais de
acordo com o que as suas obras fizeram por merecer.
Essa é uma lógica muito simples, que nos faz
desacreditar na doutrina imortalista, uma vez que apresentaria um choque de
lógica irreversível. É impossível que a sabedoria divina apresentar-se-ia de
maneira tão confusa, de fazer um juízo depois de todos já serem condenados ou
terem ido para a vida, e depois do juízo voltar para o inferno ou voltar para o
Céu do mesmo jeito que estava antes.
Como já foi colocado aqui, os ímpios não vão
estar sendo castigados no inferno sem nem ao menos serem julgados primeiro,
para depois saírem e irem para o julgamento para em seguida voltarem a queimar
novamente; e, se os ímpios já estivessem queimando no inferno, seria totalmente
desnecessário um juízo na volta de Cristo já que eles já estão lá, não podem
sair de lá, e vão continuar lá do mesmo jeito.
Mais importante ainda do que os fatos expostos acima
que desqualificam a doutrina da imortalidade em frente à doutrina do juízo é o
que o autor da carta aos Hebreus escreve logo em seguida do verso em que aqui
colocamos: “Da mesma forma, como aos homens está
ordenado morrerem uma só vez e depois disso enfrentar o juízo, assim também
Cristo foi oferecido em sacrifício uma única vez, para tirar os pecados de
muitos; e aparecerá segunda vez, não para tirar o pecado, mas para trazer salvação aos que o
aguardam” (cf. Hebreus 9:27,28)
Assim como na ordem natural o homem morre uma só vez
(v.27 – em consequência do pecado – cf. Rm.5:12), também Cristo morreu uma só
vez como sacrifício pelo pecado (v.28). E assim como, depois da morte, o homem
enfrenta o juízo, também Cristo aparecerá de novo, trazendo a salvação para os
que o aguardam.
Aqui mora mais uma chave para compreendermos o teor
da negação à doutrina imortalista em frente à carta aos Hebreus e à doutrina do
juízo: os que lhe aguardam (v.28), que morreram vindo em seguida o juízo (v.27)
[que ocorre na segunda vinda de Cristo – cf. 2Tm.4:1], não estão já salvos
atualmente desfrutando das bênçãos paradisíacas, mas, ao contrário, aguardam a
segunda vinda do Senhor para aí sim serem salvos.
Se os mortos já estivessem no Céu então eles já
teriam encontrado a salvação. Deus não teria a necessidade de “trazer a
salvação” para alguém que já está entre os salvos. Do início ao fim, a doutrina
do juízo nega de forma mais do que clara e precisa a doutrina da sobrevivência
da alma em um estado intermediário dos mortos antes da ressurreição geral.
Paz a todos vocês que estão em Cristo.
Por Cristo e por Seu Reino,
Lucas Banzoli
(apologiacrista.com)
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Voce fala muito em logica, é logico ressuscitar uma pessoa e logo em seguida mata-la novamente? Voce já disse que Deus não condenaria alguem a sofrer eternamente por pecados de uma vida passageira, pecados que se acabam com a morte.É logico ressuscitar uma pessoa para pagar por pecados que não mais existem?Afinal, essa pessoa ressuscitaria para pagar o quê??????Ora, a condenação não é a inexistencia?
ResponderExcluirVocê mostra que não conhece nada da doutrina mortalista. Nenhum mortalista crê que o homem ressuscita para ser morto logo em seguida, sem passar por um castigo antes:
ResponderExcluirhttp://desvendandoalenda.blogspot.com.br/2013/08/introducao-biblica-ao-inferno.html
Caro Lucas,
ResponderExcluirSuas explanações bíblicas são bastante claras e amparadas nas Escrituras Sagradas, demonstrando que a melhor forma de entendermos passagens que nos parecem obscuras e simbólicas é usar os próprios textos bíblicos, pois a Bíblia não se contradiz.
Há uma passagem que comumente é usada por diversos teólogos para sustentar o estado intermediário. Trata-se de Apocalipse 20:4, na qual João diz ver tronos e as almas dos que foram mortos por que amaram a Palavra de Deus, as quais, segundo eles, já estariam, nos céus, reinando com Cristo.
Por isso, eu pergunto-lhe: como você entende tal passagem?
A mim, me parece algo simbólico que representa a primeira vinda de Cristo, quando ele inaugurou o Seu reino e trouxe os mortos (espirituais) à vida, fazendo-os assentar em lugares celestiais (em Cristo), ou seja, tornando-os participantes da primeira ressurreição.
Dessa forma, trata-se do cumprimento daquilo que pregou o Mestre, quando afirmou que aquele que n'Ele crer já passou da morte para a vida, de tal sorte que a morte não tem mais poder sobre ele.
Dessa forma, isso significaria dizer que os crentes são julgados em vida, conforme diz 1 Pe 4:17, tendo suas obras registradas em um memorial, o mesmo ocorrendo com os incrédulos, os quais recebem a pregação da Palavra, através dos testemunhos dos fieis (sendo também julgados).
Mesmo diante de tão grandes evidências, os injustos acabam não abrindo os seus corações para receberem o amor da verdade, para se salvarem. Ao contrario disso, endureceram seus corações, estando, por consequência, condenados (João 3:18).
A passagem de Ap 20:6 parece corroborar com tal ideia, pois, segundo ela, os crentes foram feitos, em Cristo, reis e sacerdotes, para reinarem (em tronos) sobre o pecado e oferecerem sacrifícios espirituais agradáveis a Deus, em vida.
Deus te abençoe!!!
Olá, Marcelo, a paz de Cristo.
ResponderExcluirSua interpretação alegórica é uma interpretação possível, mas mesmo que o texto seja tomado literalmente em todas as suas partes, eu não creio que isso fosse uma evidência de imortalidade da alma na Bíblia. Veja que o texto fala sim de almas, mas de almas MORTAS, porque a continuação do texto diz que elas REVIVERAM, e só se pode reviver aquilo que está morto:
"Então vi uns tronos; e aos que se assentaram sobre eles foi dado o poder de julgar; e vi AS ALMAS daqueles que foram degolados por causa do testemunho de Jesus e da palavra de Deus, e que não adoraram a besta nem a sua imagem, e não receberam o sinal na fronte nem nas mãos; E REVIVERAM, e reinaram com Cristo durante mil anos" (Apocalipse 20:4)
Portanto, mesmo se o texto for tomado ao pé da letra, ele é muito mais uma prova da morte da alma do que da sobrevivência dela.
Abraços!
Lucas, na sua opinião este juízo ser um juízo antecedente ao juízo final, ou o próprio juízo final propriamente dito?
ResponderExcluirO dispensacionalismo diz que será um juízo pre milenial!
Olá, Gilvan. Eu não sou dispensacionalista, mas sou pré-milenista, ou seja, creio que o juízo será antes do milênio (para os justos), e depois do milênio (para os ímpios). Mas essa é uma opinião escatológica que não tem a ver com a imortalidade ou mortalidade da alma, há mortalistas que não são pré-milenistas, ou que interpretam a primeira ressurreição de forma alegórica e a segunda ressurreição (no fim dos tempos) como a ressurreição geral e única. O que importa é que biblicamente cada pessoa passa por UM ÚNICO juízo, e este juízo só ocorre depois da ressurreição, o que refuta a tese de que os salvos já estão no Céu, e os ímpios já estão no inferno.
ResponderExcluirAbraços.
Gostaria de saber porque alguns evangelicos consideram 2 Co 12:2-4 como prova da existencia do estado intermediario? Isso tem base biblica?
ResponderExcluirO que seria o tal paraiso? Deus vive nele?
Atualmente ele esta sendo povoado por alguem?
Elias e Enoque estariam nele?
Obrigado.
Qual sua opiniao, em linhas gerais, sobre o amilenismo?
ResponderExcluirA primeira ressurreiçao, descrita em Ap 20:5, nao pode ser espiritual?
Voce nao acha que Ap 20:6 estaria indicando o cumprimento das palavras de Jesus, o qual disse que quem crer n'Ele passou da morte para a vida e ja nao morre mais?
Obrigado.
Olá.
ResponderExcluir1) 2Co.12:2-4 só fala da existência do Paraíso, mas não diz em lugar nenhum que existem "almas" por lá agora. Jesus falou claramente sobre quando ocuparemos nossas moradas, que é somente quando Ele voltar:
"Na casa de meu Pai há muitos aposentos; se não fosse assim, eu lhes teria dito. Vou preparar-lhes lugar. E se eu for e lhes preparar lugar, voltarei e os levarei para mim, para que vocês estejam onde eu estiver" (João 14:2-3)
2) A Bíblia diz que Deus está no terceiro céu, mas não fala exatamente sobre onde Enoque e Elias estão. Como os dois não passaram pela morte, presume-se que já estejam na presença de Deus, mas o local exatamente é impossível precisar.
3) Eu sou pré-milenista, portanto creio que Ap.20:4-5 fala de duas ressurreições literais (físicas). Honestamente falando, há base para afirmar tanto uma ressurreição literal quanto espiritual em Ap.20:4-5. O texto em si dá margem para ambas as interpretações. Eu considero a literal mais provável porque todos os primeiros Pais da Igreja (Papias, Irineu, Clemente, Policarpo, Inácio, Didaquê, etc) eram pré-milenistas, ou seja, criam no milênio literal e nas duas ressurreições literais, e eu acho bastante improvável que os Pais que conviveram junto com os apóstolos ou apenas uma geração posterior se enganassem unanimemente sobre esta questão.
Abraços.
Boa explicação mas MUITOOOO repetitivo
ResponderExcluirMuito bom e edificante seu texto.Que Deus o abençoe!
ResponderExcluirObrigado, Deus lhe abençoe igualmente!
ExcluirPrezado Lucas,
ResponderExcluirMuito bom o seu estudo, vou seguir o seu blog porque gostei muito.
Concordo, é isso mesmo.
Só queria acrescentar um ponto:
Que o tempo existe para nós. E da "eternidade" não compreendemos nada.
Assim, aqui no nosso tempo consideramos essas coisas que você falou.
Após a morte, já é outra coisa.
Mesmo que aqueles que morreram estejam esperando, primeiro não estão contando o tempo, assim quem morreu 500anos atrás, ou quem morreu hoje, tanto faz.
Para mim ainda fica a questão de que Jesus disse "para Deus tudo é possível".
Pode ser que nenhuma alma condenada se arrependa. Mas se umazinha se arrepender, acha que o Senhor Jesus vai ignora?
Fica com Ele Lucas😊
Jakk
Prezado Lucas,
ResponderExcluirMuito bom o seu estudo, vou seguir o seu blog porque gostei muito.
Concordo, é isso mesmo.
Só queria acrescentar um ponto:
Que o tempo existe para nós. E da "eternidade" não compreendemos nada.
Assim, aqui no nosso tempo consideramos essas coisas que você falou.
Após a morte, já é outra coisa.
Mesmo que aqueles que morreram estejam esperando, primeiro não estão contando o tempo, assim quem morreu 500anos atrás, ou quem morreu hoje, tanto faz.
Para mim ainda fica a questão de que Jesus disse "para Deus tudo é possível".
Pode ser que nenhuma alma condenada se arrependa. Mas se umazinha se arrepender, acha que o Senhor Jesus vai ignora?
Fica com Ele Lucas😊
Jakk
muito bom mesmo seu estudo , tudo dentro do seu contexto ,e bem explicado .
ResponderExcluirObg!
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