As almas do Apocalipse: Literal ou Simbólico? –
Por fim, o último dos argumentos imortalistas a ser refutado se encontra em
Apocalipse 6:9-11, que os defensores da doutrina da imortalidade da alma gostam
de usá-lo como um acontecimento literal daqueles
que estavam no Céu pedindo a vingança dos seus inimigos. Eles se esquecem,
porém, que João não escreveu um livro literário e sim um livro simbólico. Todas
as ações místicas tem um exato sentido literal para ser identificado. Quando João
escreve que o Sol se escureceu refere-se às cidades pegando fogo com fumaça
para todos os lados – veja se você vai conseguir ver o Sol! Quando fala do mar
virando sangue, jogue corpos e mais corpos no mar e você vai ver no que vira.
Ninguém pensará que no Céu há
cavalos brancos, bermejos, negros ou pálidos, montados por ginetes belicosos;
ninguém pensará que Jesus está no Céu na forma de um cordeiro com uma
ensanguentada ferida de faca, ou que está em forma de um leão (leão da tribo de
Judá). Os quatro seres viventes não representam criaturas aladas reais com
características de animais. Também não há ali "almas" que jazem na
base de um altar. Toda a cena foi uma representação gráfica e simbólica, de que
aqueles que foram martirizados seriam vingados por Deus, no dia do juízo final.
Toda a simbologia apocalíptica tem um sentido a ser identificado.
Algumas passagens que são claramente simbólicas, dentre
muitas outras que podemos destacar são:
(1) Cristo no
Céu em forma de cordeiro ensanguentado (cf. Ap.5:6).
(2) Criaturas
dentro do mar falando e louvando a Deus (cf. Ap.5:13).
(3) Várias
estrelas caindo sobre a terra (cf. Ap.6:13). Sabe-se que o tamanho das estrelas
é maior do que o do nosso planeta e se caíssem estrelas sobre a Terra esta
acabaria no mesmo instante e o Apocalipse teria fim.
(4) Cavalos
com cabeças de leão (cf. Ap.9:17).
(5) Cavalos
que soltavam de sua boca fogo e enxofre (cf. Ap.9:17).
(6) Gafanhotos
com coroa de ouro e rosto humano, cabelos como de mulher e dentes como de leão
(cf. Ap.9:7,8).
(7) Um dragão
perseguindo uma mulher grávida no deserto (cf. Ap.12:13).
(8) A mulher
grávida no deserto tem asas e voa (cf. Ap.12:14).
(9) A terra
abre a boca engolindo um rio que um dragão soltou com a sua boca (cf.
Ap.12:15,16).
(10) Os
trovões falam (cf. Ap.10:3).
(11) O altar
fala (cf. Ap.16:7).
(12) Jesus tem
sete chifres e sete olhos (cf. Ap.5:6).
(13) Duas
oliveiras e dois candelabros soltam fogo devorador de suas bocas (cf.
Ap.11:4,5).
Diante de tudo isso, por que não crer que almas agonizando
debaixo do altar em pleno Paraíso clamando por vingança contra os seus inimigos
seja uma cena simbólica? Tal como não existia uma mulher grávida sendo
perseguida por um dragão no deserto durante mil duzentos e sessenta dias, mas
esta mulher representa a Igreja e o dragão representa Satanás perseguindo a
Igreja, igualmente não existe alguém no Paraíso agonizando e gritando por vingança,
mas é de fato uma representação de que aqueles que
foram martirizados seriam vingados por Deus, no dia do juízo final.
Pressupor que existem
literalmente almas no Céu agonizando, gritando “em
alta voz” (cf. Ap.6:10) em seus clamores por
vingança contra os seus inimigos é ferir a todos quanto pensam racionalmente e
entendem as linguagens simbólicas do Apocalipse. Se até o trovão fala no
Apocalipse (cf. Ap.10:3), e isso é claramente uma linguagem simbólica, por que
as “almas” gritando vingança no Céu tem que ser necessariamente literal?
Afinal, João escreveu um livro altamente simbólico: “Quando ele bradou, os sete trovões falaram. Logo que os sete trovões
falaram, eu estava prestes a escrever, mas ouvi uma voz do céu, que disse: Sele o que disseram os sete trovões, e não o
escreva” (cf.
Ap.10:3,4). Dois pesos... duas medidas!
O Paraíso não é um local onde
as pessoas ficam agonizadas e atormentadas ao ponto de clamarem em alta voz a
vingança contra os inimigos, muito pelo contrário, é exatamente o inverso: é o
momento em que as pessoas recebem a sua merecida recompensa e entram no
conforto do Pai, no lugar no qual “Ele lhes enxugará dos
olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto,
nem dor, porque as primeiras coisas passaram” (cf. Ap.21:4).
Se não há mais dor, nem luto e nem lágrima na presença de Deus, então é
totalmente inconcebível que haja literalmente almas clamando por vingança
contra os seus inimigos, aos gritos! O Céu é exatamente o inverso disso: é o
local onde encontraremos tanto descanso de Deus que não iremos mais nos
preocupar em nos vingar de nossos adversários. Enquanto estamos aqui na terra,
por várias vezes pensamos nisso, pois estamos ligados às tensões e tribulações
terrenas. O Paraíso, contudo, é chamado de local do descanso (cf. Ap.14:13),
precisamente porque não nos preocuparemos mais com isso, mas desfrutaremos do
máximo da comunhão com o Senhor.
Inconcebível pensar que, neste mesmo contexto em que desfrutam da plena
paz que é estar com Cristo, que descansam no Paraíso, que veem a Deus face a
face, que podem desfrutar de todos os galardões celestiais e onde nenhuma
tribulação mais pode ter efeito, ainda existam almas clamando, aos gritos, em “alta voz” (cf. Ap.6:10), suplicando
por vingança contra inimigos, aglomeradas debaixo de um altar, ao invés
de estarem louvando e glorificando a Deus como em toda a parte vemos no
Apocalipse, e tudo isso de forma real e literal!
A conclusão óbvia na qual podemos chegar é que tanto as almas debaixo do
altar como os trovões que falaram eram linguagem simbólica, e não um acontecimento literal, pois as almas só
revivem na ressurreição (cf. Ap.20:4), e naturalmente trovão nenhum emite fala
clara. Lemos neste mesmo livro que as almas permanecem mortas até o momento da
ressurreição:
“Então vi uns tronos; e aos
que se assentaram sobre eles foi dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram
degolados por causa do testemunho de Jesus e da palavra de Deus, e que não
adoraram a besta nem a sua imagem, e não receberam o sinal na fronte nem nas
mãos; e reviveram, e reinaram
com Cristo durante mil anos” (cf. Apocalipse 20:4)
Ora, como pode alguma “alma morta” falar? É evidente que a linguagem do capítulo 6 é
claramente simbólica, pois as almas não revivem senão na ressurreição (cap.20),
após todos os acontecimentos apocalípticos tiverem término. O Céu não é um lugar onde almas agonizam-se debaixo
de um altar em seus gritos por vingança, mas sim o local onde somos tomados da mais profunda alegria que jamais seria
possível sentir nesta vida. Isso é estar na presença de Deus!
As almas que clamavam em alta voz por vingança era uma
representação daqueles mártires que deram a sua vida pelo evangelho, daqueles
que, enquanto vivos, clamavam em alta voz contra os terrores daqueles que pronunciavam
morte e perseguição a eles. O que é ensinado simbolicamente em Apocalipse é que
estas almas que clamavam em alta voz enquanto eram martirizadas pelo Império
Romano (pela “Babilônia” espiritual) seriam vingadas, e para isso restaria mais
algum tempo, até que se completassem o número dos seus conservos e irmãos que
deveriam ser mortos como eles.
Jamais estava ensinando que depois da morte dos mártires,
depois deles sofrerem tanto aqui nesta vida, eles sobem ao Paraíso e continuam
agonizando debaixo de um altar em gritos por vingança! Prova maior ainda de que
se trata de uma simbologia apocalíptica é o fato de que as almas não ficariam gritando debaixo de um altar, sofrendo
aflitas, clamando em altos brados por vingança contra
os inimigos.
Além de “incomodar” os outros
moradores do Céu (que diferentemente daquelas “almas” deviam certamente estar
curtindo o Paraíso, e não clamando vingança), isto nem é do espírito cristão,
que manda “amar os inimigos, e orar por eles” (cf. Mt.5:44). Desta
maneira, além de proferir que o Céu assim como a terra é um local de agonia
e de sentimentos de vingança, eles estariam descumprindo totalmente
aquilo que o próprio Cristo ensinou biblicamente sobre o que fazer com os seus
inimigos.
Além disso, se fossem “espíritos” (i.e, seres imponderáveis,
fluídicos e abstratos, como querem os imortalistas),
como se concede eles estarem trajando “vestes
brancas” e tivessem “palmeiras nas
mãos”? Isso fica claro nessa passagem:
“Depois destas coisas olhei, e eis uma grande multidão, que ninguém podia
contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, que estavam em pé diante
do trono e em presença do Cordeiro, trajando compridas vestes brancas, e com palmeiras nas mãos; e um dos anciãos
me perguntou: Estes que trajam as compridas vestes brancas, quem são eles e
donde vieram? Respondi-lhe: Meu Senhor, tu sabes. Disse-me ele: Estes
são os que vêm da grande tribulação, e levaram
as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro” (cf. Apocalipse 7:9-14)
Ora, se tal sucedesse, então a Bíblia
seria totalmente confusa e contraditória, pois afirma que só seremos dotados de
corpos novamente após a ressurreição dos mortos (lembre-se que para os
imortalistas a ressurreição dá-se apenas para o corpo; portanto, um “espírito”
não poderia estar com “vestes brancas”). O imaterial não se veste de algo
físico. E o que dizer das “palmeiras”, que se levavam nas mãos? Eram palmeiras imateriais e não-físicas também, igual o “espírito” que as segurava? Qual a base
bíblica para uma palmeira invisível?
Não, tratava-se de uma visão. Tudo era
simbólico. Como a reputação dos mártires tivesse sido engrandecida por todos os
seus méritos, então o simbolismo apocalíptico fez questão de relatar a sua
inocência com o símbolo das “vestes brancas”. O que representava este
simbolismo? Representava que eles (os mártires) eram pessoas dignas e santas,
como atesta o próprio livro do Apocalipse: “O linho fino são os atos
justos dos santos” (cf. Ap.19:8).
Deus vingaria aqueles que
morreram em nome dEle. De maneira nenhuma deve ser analisado como algo literal,
com “almas” desfrutando dos “deleites” e dos prazeres do Paraíso há dois mil
anos e ainda reclamando com Deus do motivo de ainda não terem sido julgadas. Também devemos
lembrar que cada selo representava um espaço de tempo real na história
da terra, e as almas que apareceram no quinto selo representavam as pessoas que
foram mortas pelo cavalheiro denominado “Morte” (presente no selo anterior).
Noutras palavras, eles foram
exterminados sob o selo precedente, dezenas ou centenas de anos antes, e,
consequentemente, os seus perseguidores
já deviam estar mortos, e supostamente já estariam queimando no fogo do
inferno, exatamente como ensina a doutrina da imortalidade da alma. Isso
tornaria inteiramente inócuo e sem sentido os “gritos de vingança”, pois os
seus inimigos já estariam sendo castigados de acordo com a crença dualista
sobre a vida pós-morte.
O que Deus manda a seguir é “descansarem
mais um pouco até que se complete o número dos irmãos que deveriam ser mortos
como eles” (cf. Ap.6:11). Deus mandou que eles
“descansassem” ou “repousassem” um pouco mais, no grego “anapano”, que significa “repouso; descanso”[1].
Certamente que Deus não estava falando para os corpos
dormirem mas as almas continuariam acordadas. É para as próprias almas que Deus estava dirigindo tal frase. Já vimos que,
no conceito bíblico, almas não dormem literalmente,
mas é uma alegoria apropriada para expressar o estado inconsciente do ser
racional na morte, e totalmente não apropriado para almas que conversam, e muito menos que gritam por vingança contra inimigos!
Para ver se faz algum sentido, imagine alguém dormindo e gritando ao mesmo tempo. Aqui os imortalistas não podem dizer que a
alegoria do “dormir” refere-se apenas ao corpo, como costumam objetar por falta
de argumentos mais sólidos, pois o próprio texto bíblico em questão deixa claro
que Deus disse aquilo às almas (cf.
Ap.6:11), até porque não faria qualquer sentido Deus responder aos corpos das almas que clamavam e não
às próprias almas, sendo que eram as almas e não os corpos que pediam vingança!
São os próprios imortalistas que se veem obrigados a alegorizar tal verso, ou a
crença deles na imortalidade da alma é ainda mais afetada do que a crença na
mortalidade dela[2].
E é exatamente isso o que a
simbologia de Ap.6 estava retratando: que os que foram martirizados seriam
certamente vingados, entretanto isso só aconteceria no fim dos tempos, até que
todos os seus irmãos fossem martirizados como eles foram, pois aí sim os ímpios
iriam ser queimados e os justos finalmente vingados; afinal, o joio só será
queimado na “consumação deste mundo” (cf. Mt.13:40). Até lá, os justos permanecem “dormindo o
sono da morte”, repousando até que se complete o número de conservos até o
final dos tempos, quando despertarão para a vida ou para a condenação.
Paz a todos vocês que estão em Cristo.
Por Cristo e por Seu Reino,
Lucas Banzoli (apologiacrista.com)
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Fantastico, fantastico, fantastico e fantastico!!!
ResponderExcluirSimplesmente aterrador!
Não há necessidade de palavras
A inda Deus tem reservados seus servos que não tem medo e nem omitem nada e não são covardes falam somente a verdade.Vocês merecem dupla honra.
ResponderExcluirGraça e Paz!
Qual a tradução vc usa?
ResponderExcluirGeralmente a NVI.
ResponderExcluirSeguindo o raciocínio, corretíssimo, de que Apocalipse é um livro inteiramente simbólico, eu perguntaria: por que não alegorizar também o capitulo 20?
ResponderExcluirPor que considerar mil anos como literal e um suposto reino milenar futuro também? Só porque o capítulo 20 vem depois do 19? Será que a ordem dos capítulos também não é uma simbologia?
Não vejo coerência em literalizar apenas esse capítulo, por isso, nesse aspecto, prefiro a visão amilenista que diz que Cristo inaugurou seu reino “milenar” na cruz do calvário. Da mesma forma, acredito que não há razão para alegorizar os demais versos desse mesmo capitulo (Ap 20).
Assim sendo, na vinda de Cristo e com Sua consequente vitória, satanás parece ter sido amarrado não com cadeias normais (pois ele é um ser espiritual), mas com cadeias espirituais (pela Palavra), tendo o seu poder restringido, para não mais enganar aqueles que fossem arrebanhados para o aprisco do único Pastor (provenientes de todas as nações e não somente de Israel).
Segundo a simbologia do livro, creio que a primeira ressurreição pode ser espiritual (Ef 2:6), de forma que, sobre os que crêem, não tem poder mais a segunda morte, aquela do lago de fogo (Ap 20:6), cumprindo-se, assim, o que assegurou o Mestre, em João 5:24, ao dizer que os crentes “passaram da morte para a vida”.
Tenho por mim que o reino milenar de Cristo acontece durante todo o período em que os cristãos, como reis e sacerdotes (outro simbolismo), recebem o privilégio de reinar sobre o pecado e oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus, já estando assentados em lugares celestiais, em Cristo (Ef 2:6).
Quanto à expressão que diz que, aos que morreram por amor ao Evangelho foi dado o poder de julgar, entendo que isso se cumpre na igreja, em vida, conforme asseguram algumas passagens bíblicas, tais como:
1 – “Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão; Mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada. E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano. Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu. Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus. Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles”. (Mateus 18:15-20).
2 – “E entre esses foram Himeneu e Alexandre, os quais entreguei a Satanás, para que aprendam a não blasfemar”. (I Timóteo 1:20).
3 – “Eu, na verdade, ainda que ausente no corpo, mas presente no espirito, já determinei, como se estivesse presente, que o que tal ato praticou…seja entregue a satanás” (1 Co 5:3-5).
4 – “Àquele a quem perdoardes os pecados, lhes serão perdoados; e, àqueles a quem retiverdes, lhes serão retidos” (João 20:23).
Continua...
Continuação...
ResponderExcluirA primeira citação parece estar tratando de um julgamento de alguém que, sendo cristão, é levado perante o ministério para averiguar um fato, de tal sorte que, dependendo do julgamento, tal pessoa pode até ser declarada ímpia pela igreja. Ou seja, isso parece denotar exatamente a ação da autoridade que Deus deu à igreja para julgar (“ligar e desligar”).
Outrossim, na terceira citação, as palavras finais do capitulo 5, de 1 Corintios, dizem exatamente o seguinte: “Porque, que tenho eu em julgar também os que estão de fora? Não julgais vós os que estão dentro? Mas Deus julga os que estão de fora. Tirai, pois, dentre vós a esse iníquo”.
Na quarta citação, o juízo, por parte da igreja, parece ser tão claro (pelo menos para mim) que Jesus diz aos seus apóstolos que as decisões da igreja seriam chanceladas por Ele, citando até o perdão dos pecados.
Como se não bastasse, se analisarmos com cuidados outras passagens (como Atos 2:47), podemos ver que o testemunho dos crentes fiéis também representa uma pregação do Evangelho, e, como tal, um juízo que a igreja, como corpo de Cristo, exerce sobre o mundo, assim como foram julgadas as nações pagãs do VT que não atentaram para o testemunho de Israel.
Salvo erro, os apóstolos (extensivamente aos judeus convertidos da igreja), por suas vezes, com suas conversões, acabaram, em vida, julgando as tribos de Israel através da pregação e do testemunho.
Dessa forma, cumpriu-se, assim, a sentença proferida por Jesus, em Mt 19:28-29, o qual garantiu que aqueles que deixassem suas casas e famílias por amor ao Evangelho haveriam de receber “cem vezes tanto”, na presente vida, e por fim a vida eterna.
Tenho por mim que os dons do Espirito representam as verdadeiras riquezas e os maiores tesouros que alguém poderia receber em vida, o que ocorreu, de fato, em toda sua plenitude, na igreja primitiva.
Deus vos abençoe!!!
Fui eu quem fiz o comentário acima(sobre a Bíblia ser contraditória), não sou imortalista nem ateu, mas quis dizer que se a Bíblia fosse mais clara, sem tantas parábolas, simbolismos e tal, não haveria dúvida nenhuma, mas não é assim...Veja o contraste entre antigo e Novo Testamento:no antigo nada que favorece a imortalidade da alma, no Novo testamento porém já entra muitos versículos difíceis(MT 10.28, FP 1.23, LC 16.19-31, 1 PE 3.18-21, 4.6, etc).Porque Deus na sua onisciência não evitou que existisse o entendimento errado de sua palavra, escrevendo a de uma forma que não gerasse dúvidas?É isso que não entendo...
ResponderExcluirEsses textos que você listou já são todos explicados em artigos desse blog e no meu livro. Sobre o "argumento da onisciência", de que Deus não evitou que houvesse um entendimento errado da Bíblia, isso valeria para qualquer outra doutrina cristã que é alvo de alguma discussão (calvinismo vs arminianismo, batismo infantil vs batismo adulto, trindade vs unitarismo, etc). Por essa ótica, Deus não deveria nos deixar uma Bíblia a não ser que explicasse tin tin por tin tin cada versículo, e mesmo assim isso provavelmente geraria um outro debate sobre a interpretação da explicação. Não importa o quão clara fosse a Palavra, discussões sempre existiriam. Até mesmo para matar pessoas na Inquisição a Bíblia foi usada (pervertida), quanto mais para fundamentar uma falsa crença na imortalidade da alma por meio de meia dúzia de versículos isolados e interpretados sem exegese. E se em nenhuma outra área do conhecimento humano há unanimidade (filosofia, política, ciências e etc), não deveríamos esperar que em se tratando de teologia houvesse.
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